segunda-feira, 17 de outubro de 2011

De que serve a existência "deles"?



De que glória se usufrui da filosofia se a conclusão deles é a morte? Dos filmes cinematográficos se se reduzem a heróis de vida galopante ou de vídeos triviais que tornam o vício uma elegância, uma fuga patética da realidade para condições de existência física e mental ainda mais cruéis? Da moda francesa e sua linguagem, mon choux, se os corpos desfilam nus sem conceito por dentre lentes ladras de intimidade? Da macrobiótica se tudo o que eles têm comido são carnes mortas e toneladas de corante? Das reuniões do G-20 sobre meio ambiente se tudo o que eles têm respirado é CO2? Das peças teatrais que deixam de fisicalizar o conteúdo histórico-político-cultural para conotar art pop preocupada com esmalte para unhas, laquê que não deixe esvoaçar um só fio de cabelo, rímel que acentue cílios e sobrancelhas desmaiadas e um batom que rabisque uma boca borrada por falta de controle fisio motor? Ou que retrate o rock and roll e sua legião de defuntos que se matam pra fazer história com todos esses abusos...

Por Thiago Camacho

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